- Área: 562 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Steve Keating
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Fabricantes: Baldwin, Bocci, Moooi, Quantum Windows & Doors, Subzero/Wolf
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nosso projeto explora a noção de fusão entre construção e paisagem. A casa original, projetada em 1956 por um proeminente arquiteto de Seattle, localiza-se numa área privada de Broadmoor. Foi concebida como uma estrutura sinuosa e de um só andar, em um terreno campestre de meio hectare. A planta original era bastante ambígua, apontando para a paisagem, mas nunca abraçando-a completamente. Uma reforma de 1970 erodiu ainda mais a integridade da planta, resultando em uma casa confusa, com pouca coerência em sua integridade espacial.
Nosso objetivo era organizar a planta, adicionar elementos onde era necessário melhorar a habitabilidade, fundir o espaço interior e exterior sempre que possível, e potencializar o edifício. Para tanto, iniciamos uma série de intervenções que melhoraram a definição do acesso à casa, o movimento pelos ambientes e a relação entre o espaço interior e o exterior. Isso resultou em uma transformação do todo, elevando a qualidade geral do edifício e da paisagem, permitindo que as estruturas originais e o terreno fossem completamente aproveitados.
Da rua, sobe-se pela escada de pedra original, sinuosa, da calçada até um novo pátio, definido por paredes da edificação e muros de pedra do paisagismo. Uma parte deste pátio foi escavada 76cm para criar espaço para uma janela longa e baixa que se abre para a sala de ioga no nível inferior e para permitir a construção de uma ponte entre o jardim e a casa. Essa ponte funciona como um limiar, um ponto de chegada e uma demarcação clara entre o espaço público e o privado.
Os interiores são organizados em torno de uma galeria voltada para a rua. Os ambientes abrem-se um para o outro e para a paisagem ao ar livre. A maioria dos cômodos tem vista para o campo, localizado na parte posterior do terreno. Grandes portas e panos de vidro dissolvem o limite entre interior e exterior e permite a livre circulação, física e visualmente.
A planta mantém a abertura que se espera em um lar moderno, mas também oferece uma intimidade que não é esperada em uma edificação tão grande e aberta. Isso é conseguido pela inserção de elementos arquitetônicos sutis, mas eficazes, que oferecem uma escala mais humana e acessível. Mudanças na altura do pé-direito, mudanças nos materiais da parede e/ou do piso, a inserção de armários soltos, uma parede do chão ao teto aqui, uma torção num plano ali, tudo ajuda a criar essa característica de intimidade.
A suíte master mantém a característica de abertura do resto da planta. Entra-se de forma única em um elegante espaço para se vestir, no banheiro, closet e dormitório. O banheiro contém uma banheira que se abre para um pátio privativo. O dormitório se abre para o campo.
A ala das crianças está localizada em uma suíte de dois andares, o andar inferior contém um espaço de lazer / arte / trabalho que se abre para a cozinha e entrada lateral, com também uma lavanderia / hall. Uma escada aberta sobe para dois quartos e um banheiro, todos em torno de um átrio de dois andares, cheio de luz, com vista para a sala de brinquedos.
A paleta de materiais foi mantida propositalmente simples para criar um ambiente unificado, reduzir a poluição visual e minimizar a distração para as vistas para o exterior. Janelas e portas Sapeli fornecem uma moldura para olhar para o jardim; pisos de madeira escura criam continuidade; as peças de cerâmica cinza quente lembram as lajes de concreto no parte externa; divisórias e forros de gesso brancos ajudam a manter a claridade em dias mais escuros; guarnições e elementos metálicos pretos proporcionam contraste e interesse visual.